No 2º dia da viagem “Primeira vez em Ilhabela, que é bela até no nome” fizemos a trilha do Pico do Baepi, que fica a pouco mais de 1.000 metros de altitude, e depois no final da tarde fomos a Praia do Perequê para relaxar os músculos.
Trilha ao Pico do Baepi
Tempo do passeio: 6h55 (das 10h15 às 17h20).
Localização: ver mapa
- Pico do Baepi nublado, na subida da trilha
- Pico do Baepi sem nuvens no domingo
Contratamos um guia através da Central Ecoturismo Ilhabela, pela internet, para fazer a trilha ao Pico do Baepi. Combinamos com o guia para iniciarmos a trilha pelo Hotel. Assim partimos, mochila nas costas com água (1,5l/pessoa), frutas e sanduíches de queijo e mortadela.
Enfrentamos uma subida íngreme, que pode ser evitada para quem vai de carro até a guarita do inicio da trilha, onde fica a simpática Sra. Marisol, monitora do Parque Estadual de Ilhabela, ela controla a entrada e saída da trilha e passa informações/orientações aos visitantes. Na volta é necessário preencher um formulário simples sobre a trilha.
- Parede de pedra que pode ser observada do início da trilha
- Logo no começo da trilha a vista é essa
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Trilha do Baepi é de nível alto, as principais dificuldades que encontramos foram: distância, aproximadamente 7,4km, ida e volta; inclinação, muitas vezes é preciso fazer “escalaminhada”; longo trecho com folhas no chão, tornando o solo mais escorregadio; e árvores caídas devido ao solo ruim, isso gerou muitas bifurcações, não chega a ser problema, mas pode fazer você perder tempo.
O início da trilha é um descampado com vegetação rasteira (onde antigamente era uma plantação de café), por isso, é recomendado ir de calça comprida. Após uns 600m começa o trecho dentro da mata atlântica, logo aparecem algumas árvores caídas e algumas bifurcações, que acabam dando no mesmo lugar.
- Capinzal no começo da trilha
- Na entrada da mata a trilha se fecha
- Esse lugar nosso guia chama de “Portal”, fica bem na entrada da mata
- Árvores caídas no meio da trilha
A partir do km 2 a trilha fica íngreme e no nosso caso (estava nublado) começou a ficar úmido também. Dos 2,7km para frente vira praticamente uma “escalaminhada” com trechos de “rapel” e bambuzal, onde é preciso ir agachado.
- Para chegar ao cume é preciso fazer “rapel”
- Parte íngreme da trilha
- Trecho de bambuzal
Chegando ao “pico” terá uma placa, porém o pico não é ali. Na verdade são dois picos, um com vista para a mata (mais acessível) e outro, o principal, com vista para a Vila, canal de São Sebastião e parte do litoral norte de São Paulo.
- Primeira placa, logo no começo da trilha
- Segunda placa, explicando porque dentro da floresta é mais frio
- Terceira placa, alertando sobre a extinção da mata atlântica
- Quarta (e última) placa, esta está bastante danificada
- Placas de distância a cada 500 metros
Para ir ao primeiro basta seguir a trilha atrás da placa.
- Mata atlântica aos seus pés
- Nuvens abaixo da mata
- Vista do primeiro pico
- Pedras no primeiro pico
Para ir ao principal siga a trilha à esquerda da placa, que começa com um “rapel”, descendo de corda uma pedra de uns 3 metros.
- Vista da trilha, chegando ao Pico do Baepi
- Chegamos ao Pico do Baepi
- Muitas árvores no Pico do Baepi
- Abismo no alto da mata atlântica
- Visibilidade de quando chegamos
- Aos poucos o vento foi batendo
- A Vila do alto, entre as nuvens
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Chegamos na placa indicativa do pico às 13h30. No pico principal descansamos e comemos. Voltamos às 15h10. A descida é tão complicada como a subida, ou até pior. Como parte da trilha, a mais difícil, estava úmida, levamos vários tombos, nem nosso guia escapou. Todo cuidado é pouco.
- Árvore com furos feitos por Pica-Pau
- Árvore vermelha em meio ao verde da mata
- Pássaro visto durante a subida da trilha
- Orquídea na neblina
- Espécie de bromélia
- Vegetação de cor curiosa
Se não vimos uma vista panorâmica do litoral norte no cume, na decida da trilha fomos privilegiados em presenciar um momento raro de se ver na natureza, a Dança do Tangará Azul. Com a euforia de ver a cena e uma câmara na mão tentamos gravar o fato e o resultado você vê aqui:
Após ver esse espetáculo da natureza e tentar filmá-lo seguimos em frente e chegamos ao final da trilha às 17h20.
- Nosso percurso na Trilha do Baepi, clique na imagem para abrir o mapa
Nosso guia foi o Guido Botto, super gente boa e cheio de histórias para contar. Ele é italiano e já morou na África do Sul, Canadá, México, Portugal, Espanha, Inglaterra, que me lembro “só” isso. Foi na Inglaterra que ele conheceu uma brasileira que o “sequestrou” (como ele diz) para o Brasil. Em 1999 como capitão da equipe Quasar, na EMA (Expedição Mata Atlântica), conquistou a maior corrida de aventura do Brasil, que contou com a participação de 33 equipes e durou 5 dias e noites sem parar, com 6 diferentes modalidades esportivas, percorrendo as matas brasileiras, de mapa e bússola em punho.
- Sra. Marisol e Sr. Guido Botto, o guia da Trilha do Baepi
Praia do Perequê
Tempo do passeio: 5h (das 17h às 22h).
Localização: ver mapa
Após uma longa e cansativa aventura fomos à Praia do Perequê relaxar e tomar um banho de mar.
Ficamos entre as “quadras” de vôlei e futebol. Quando pisamos na areia conhecemos a “Pretinha”, uma cachorra que mora na praia. Ela nos seguiu e não descansou enquanto não jogamos uma bolinha de frescobol para ela brincar. No final perdemos 2 bolinhas =D
E para jogar frescobol foi difícil, aliás, não conseguimos, ela não deixou.
- Pretinha brincando com a bola de tênis
- Cachorra Pretinha, além de brincar ela gosta de posar para fotos
A praia é muito bonita com vários coqueiros em sua orla, a faixa de areia é grande, as areias são claras e o mar calmo e raso. Possuí vários bares, restaurantes e hotéis. É o principal centro comercial da Ilha fora da Vila.
- Praia do Perequê
- “Quadra” de futebol na Praia do Perequê
Nosso passeio se estendeu até tarde da noite, pois conhecemos o Sandro Dias, que é guia e mergulhador. Ficamos conversando sobre a Ilha e ele nos deu boas dicas de passeios.
Poxa Lucas. Maravilha de !bateria!!
Nem acredito que estiveram aqui novamente e não me falaram! Magoei
Aha parabens
Não Sandro, não voltamos para Ilhabela sem falar com você. Esse post é justamente do dia em que o conhecemos, em nossa 1ª viagem (http://wp.me/p2Wczf-8E) à Ilha 😉
Abração!
Que bacana! Fiquei empolgada pra fazer a trilha!
Legal. Faça, de preferência em um dia sem nuvens 😉
Tudo aqui ficou muito show Lucas! Gostei tanto que este site virou link no site da nossa Central, você mandou bem!
Guido
Valeu Guido!!! E vamos voltar aí ano que vem, com certeza!